
RIO – Foi dada a largada para a 10ª edição do Fashion Rio. Com 44 grifes nas passarelas, o evento – que teve seu início na tarde deste domingo com uma coletiva na Marina da Glória - será permeado por dois temas: artesanato e anorexia. O primeiro é apontado como o elemento fundamental para a criação de uma moda genuinamente brasileira, enquanto o segundo é a polêmica da vez no circuito "fashion" mundial.
O Fashion Rio foi o primeiro evento brasileiro a anunciar mudanças na seleção das modelos, logo depois da série de mortes de jovens brasileiras por anorexia e das proibições das "supermagras" nas semanas de alta-costura européias. Agora, para desfilar, as jovens devem ter mais de 16 anos e levar atestado médico.
- Mais do que nunca, a moda fala de saúde. Ninguém se torna doente numa passarela. O mercado da moda é um reflexo do que acontece na sociedade, ela não gera a sociedade – defendeu a organizadora do Fashion Rio, Eloysa Simão, na abertura do evento.
A única palestra marcada como evento oficial paralelo aos desfiles vai discutir justamente a polêmica das modelos anoréxicas. A autora do livro "O intolerável peso da feiúra - Sobre as mulheres e seus corpos", Joana de Vilhena Novaes, vai falar do assunto dentro da agenda da Fashion Business, a feira de negócios que começa na terça-feira.
- Quando eu era modelo, nunca fui anoréxica, muito pelo contrário. Hoje, a mulher é cobrada o tempo todo para ser magra. E quando você não tem apoio, como a essas meninas de 15, 16 anos, às vezes falta, acontecem coisas como essa. A anorexia é uma epidemia mundial e esse problema tem que ser discutido, sim – falou a ex-modelo, atriz e apresentadora Betty Lago, mestre de cerimônias do evento.
Já a mistura entre cultura popular e modernidade aparece já no tema desta edição, "Miscigenação cultural brasileira através do artesanato têxtil", e no cenário criado para a Marina da Glória pelo designer Muti Randolph, que se inspirou nas linhas do tear para desenvolver esculturas futuristas. Nas passarelas, a fusão estará representada principalmente nos desfiles de nomes como Walter Rodrigues, Melk Z-da, Caroline Rossato, Luciana Galeão e Márcia Ganem.
- A moda brasileira vem enfrentando um momento difícil. Para sobreviver no mercado mundial, o desafio é encontrar preço justo e diferencial do produto, e o caminho que vai nos levar a essa competitividade é o design. No nosso país, 8,5 milhões de pessoas trabalham com artesanato, mas nós ainda não conseguimos juntar esses trabalhos com o design e a indústria para fazer um produto com uma cara brasileira. Esse é nosso único caminho de sobrevivência no mundo globalizado – disse Simão.
O Fashion Rio foi o primeiro evento brasileiro a anunciar mudanças na seleção das modelos, logo depois da série de mortes de jovens brasileiras por anorexia e das proibições das "supermagras" nas semanas de alta-costura européias. Agora, para desfilar, as jovens devem ter mais de 16 anos e levar atestado médico.
- Mais do que nunca, a moda fala de saúde. Ninguém se torna doente numa passarela. O mercado da moda é um reflexo do que acontece na sociedade, ela não gera a sociedade – defendeu a organizadora do Fashion Rio, Eloysa Simão, na abertura do evento.
A única palestra marcada como evento oficial paralelo aos desfiles vai discutir justamente a polêmica das modelos anoréxicas. A autora do livro "O intolerável peso da feiúra - Sobre as mulheres e seus corpos", Joana de Vilhena Novaes, vai falar do assunto dentro da agenda da Fashion Business, a feira de negócios que começa na terça-feira.
- Quando eu era modelo, nunca fui anoréxica, muito pelo contrário. Hoje, a mulher é cobrada o tempo todo para ser magra. E quando você não tem apoio, como a essas meninas de 15, 16 anos, às vezes falta, acontecem coisas como essa. A anorexia é uma epidemia mundial e esse problema tem que ser discutido, sim – falou a ex-modelo, atriz e apresentadora Betty Lago, mestre de cerimônias do evento.
Já a mistura entre cultura popular e modernidade aparece já no tema desta edição, "Miscigenação cultural brasileira através do artesanato têxtil", e no cenário criado para a Marina da Glória pelo designer Muti Randolph, que se inspirou nas linhas do tear para desenvolver esculturas futuristas. Nas passarelas, a fusão estará representada principalmente nos desfiles de nomes como Walter Rodrigues, Melk Z-da, Caroline Rossato, Luciana Galeão e Márcia Ganem.
- A moda brasileira vem enfrentando um momento difícil. Para sobreviver no mercado mundial, o desafio é encontrar preço justo e diferencial do produto, e o caminho que vai nos levar a essa competitividade é o design. No nosso país, 8,5 milhões de pessoas trabalham com artesanato, mas nós ainda não conseguimos juntar esses trabalhos com o design e a indústria para fazer um produto com uma cara brasileira. Esse é nosso único caminho de sobrevivência no mundo globalizado – disse Simão.
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