
Apesar das mortes recentes de seis raparigas brasileiras vítimas de anorexia – uma delas modelo de profissão e outra estudante de moda –, as federações de moda europeias, reunidas em Paris para reflectirem sobre os problemas de saúde associados à magreza extrema, decidiram não adoptar medidas para travar o fenómeno.
“Não é o mesmo ponto de vista mas estamos próximos uns dos outros. Estamos todos de acordo que isto não é um problema de regulamentação mas de informação”, disse o presidente da Federação Francesa de Costura, Didier Grumbach.“Decidimos coordenar-nos e seguir pelo mesmo senso”, sublinhou Grumbach, depois de uma reunião com a Câmara Nacional da Moda (Itália), o Conselho de Estilistas (Estados Unidos) e o Conselho de Moda Britânica (Grã-Bretanha).A anorexia “é um problema grave, ao qual não se pode ser insensível, e suficientemente complexo para ser levado colectivamente ao Ministério da Saúde”, disse a Federação Francesa de Costura.Em Espanha, os fabricantes de roupa e o Ministério da Saúde colocaram-se em conformidade para unificar as medidas da roupa de acordo com as características físicas das espanholas. Objectivo: combater o padrão de beleza baseado na magreza extrema.Segundo Manuel Serrão, organizador do Portugal Fashion, o problema não se coloca no nosso país porque “as modelos portuguesas não são magras”.
Cristina Serra
Sem comentários:
Enviar um comentário