Diário dos Açores
Regional- Sara Torres/ Raquel Correia11/02/2007 08:02:8
Regional- Sara Torres/ Raquel Correia11/02/2007 08:02:8
De certeza que já ouviu falar, como toda a gente, nos mais variados tipos de dietas e em que algumas (quase) que prometem verdadeiros milagres. Mas, as dietas, só poderão funcionar através de uma menor ingestão do número de calorias ou de um maior gasto desse mesmo número, ou seja, só há sucesso se houver cuidado na alimentação ou exercício físico regular e, claro, ter muita força de vontade. Por isso, não existem milagres dietéticos. Um erro que as pessoas cometem para perder peso é o de deixar de tomar algumas refeições ou até mesmo não comer. Este processo é muito mau para o organismo e até pode fazer emagrecer, mas estamos a privar o corpo de nutrientes essenciais e vitaminas que são fundamentais para as funções básicas do organismo, para as defesas contra doenças, para o bem-estar e para a vitalidade. Segundo Ivone Machado, Nutricionista da Clínica Persona, "tanto para emagrecer como para engordar temos de ter em conta o exercício físico e a alimentação, porque o que nos sustenta é a nossa massa muscular. O mais difícil não é perder/ganhar o peso, mas sim mantê-lo e para que isto aconteça as pessoas têm de mudar o seu comportamento".Como não há milagres, é preciso fazer um regime com fases mais ou menos rigorosas e há que mudar os hábitos alimentares definitivamente, porque sem isso volta tudo ao início, à desilusão, à revolta e ao recuo na auto-estima.A nutricionista refere que "as pessoas que mais procuram os nutricionistas para perder peso são as que já têm patologias associadas e, infelizmente, na nossa sociedade, é preciso que o mal aconteça para que as pessoas decidam perder peso".Como nem todas as pessoas são iguais, existem diferentes dietas para cada pessoa, para cada situação e é necessário fazer cálculos individuais. Normalmente, a época do ano em que os nutricionistas são mais procurados é na altura da Páscoa. "As pessoas procuram os nutricionistas antes da época balnear e lembram-se de emagrecer em Março e querem emagrecer de um dia para o outro", afirma ainda a Nutricionista. As faixas etárias que mais se preocupam com a situação de emagrecer são, na sua maioria, as mais jovens, seguindo-se depois as pessoas com idades compreendidas entre os 30 a 50 anos. Ainda assim, as outras faixas etárias não ficam de fora, "começam a vir ao Nutricionista desde 1 ano de idade até aos 80 a 90 anos, uma vez que os mais pequenos são trazidos pelos pais, porque estes acham que eles estão muito magros e os mais velhos porque têm de perder peso, pois sofrem de patologias associadas", refere Ivone Machado.Associadas às dietas estão a anorexia e a bulimia. São duas vertentes na alteração do comportamento perante a alimentação. Ivone Machado afirma que "a anorexia não é um problema alimentar, é, sim, uma alteração no comportamento da pessoa que se traduz no mau comportamento perante a comida".A médica realça ainda que durante a sua experiência, "a anorexia nunca se cura e fica para a vida, apenas fica mais ou menos controlada". Por outro lado, a bulimia é mais controlável, apesar de ser também uma alteração no comportamento da pessoa. A bulimia acontece quando uma pessoa come e vomita propositadamente. Aparentemente não conseguimos ver um bulímico, mas um anoréctico sim.Assim, a escolha de alimentos certos na proporção correcta, bem como a prática de exercício físico, evitando uma vida sedentária, são considerados factores essenciais para a manutenção da saúde. Uma "dieta" restritiva e que não tenha em conta as necessidades do organismo poderá ter efeitos desastrosos. Por isso, uma adequada avaliação nutricional individual evita desequilíbrios na dieta que podem levar a problemas de saúde, tais como deficiências nutricionais específicas e o excesso de peso ou obesidade.
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