segunda-feira, maio 21, 2007

Saúde alimentar

Apesar de não se conhecerem, eles já eram unidos pela compulsão. Agora, com a criação do Grupo de Prevenção à Recaída, pessoas com algum tipo de transtorno alimentar (anorexia, bulimia e compulsão), obesidade (sobrepeso, obesidade e obesidade mórbida) e pós-operados de cirurgia bariátrica (redução de estômago), além de formar novas amizades, podem discutir problemas e encontrar juntos soluções para continuar na luta por uma vida saudá- vel.
O grupo, criado em meados do mês, pela Ato Clínica de Tratamento dos Transtornos Alimentares e Obesidade, se encontra todas as segundas-feiras durante uma hora (das 18h15min às 19h15min) na sala 602 do sexto andar do Edifício Millenium, no centro de Criciúma. Para freqüentá-lo o interessado deve pagar mensalmente R$ 50, e poderá participar dos seminários, reuniões e atendimentos com os profissionais que formam o quadro clínico da instituição. "Sete profissionais, entre nutricionistas, psicólogos, educador físico e endocrinologista trabalham com os pacientes. O Grupo de Prevenção à Recaída foi criado porque é fato que pessoas com transtornos alimentares não aderem individualmente ao tratamento. E aí o tratamento torna-se bem mais difícil", ressalta Ana Paula Gramacho Varela, psicóloga e psicanalista.

Como evitar a recaída
Além de informações, nos encontros semanais são ensinadas técnicas em relação à recaída, principalmente para quando se está em casa, onde a comida fica mais ainda ao alcance da boca. "Assim, trocando idéias, principalmente com o grupo, eles podem identificar por si sós em que momentos sentem a recaída ou a hora em que esse problema acontece com mais freqüência", diz Ana Paula. As reuniões ocorrem durante seis meses, tempo mínimo, segundo a psicóloga e psicanalista, para que mudanças de hábito significativas possam ser observadas.
O grupo é aberto, ou seja, há a possibilidade de entrada e saída de pacientes em qualquer período de duração. Todo o método utilizado com o atendimento do grupo é baseado na prevenção da recaída dos dependentes químicos. "Tantos os dependentes químicos quanto os pacientes com transtornos alimentares possuem características muito próximas. A diferença é que os primeiros, para se recuperarem da dependência, devem praticar a abstinência. Já os que sofrem com os transtornos alimentares não podem parar de comer", destaca Ana Paula.
Grande parte do grupo é composta por mulheres com idades entre 20 e 50 anos. Interessados em fazer parte do grupo ou obter mais informações podem ligar para o telefone (48) 3433-6490 ou acessarem o blog:

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