Portugal, juntamente com outros sete países da União Europeia (UE), está a desenvolver um projecto inovador de tratamento personalizado para mulheres com distúrbios alimentares, foi hoje anunciado.
Denominado INTACT - Individually Tailored Stepped Care for Women with Eating Disorders, esta iniciativa é financiada pela UE e envolve nove parceiros de oito países europeus, que trabalham em rede.
Em Portugal, o INTACT, que arrancou em Abril deste ano e deverá terminar em 2011, está a ser desenvolvido pela Universidade do Minho, a quem cabe «avaliar factores de risco» inerentes às doenças relacionadas com distúrbios alimentares, designadamente a anorexia e a bulimia nervosas, afirmou hoje Paulo Machado, coordenador do Centro de Investigação em Psicologia daquela universidade.
Este projecto visa «investigar e desenvolver estratégias inovadoras para optimizar a prevenção e o tratamento dos distúrbios alimentares», afirmou à Lusa a especialista alemã Stephanie Bauer, coordenadora deste programa.
Segundo referiu, um dos objectivos deste projecto é desenvolver novas estratégias de tratamento para estas doenças.
«Cada país desenvolverá o seu projecto de acordo com as suas características e os seus pacientes, mas o objectivo é o mesmo, que é melhorar a qualidade dos tratamentos e reduzir o número de casos de doentes com anorexia e/ou bulimia», disse a especialista.
Para Paulo Machado, trata-se de um projecto «ambicioso», uma vez que se procurará, no final, concluir, através da elaboração de estudos, «o que leva as pessoas a desenvolver distúrbios alimentares, que tipo de tratamento necessitam e como conseguem manter-se saudáveis».
«Getting ill, getting well and staying well (ficar doente, ficar bem e manter-se bem)» é o lema deste projecto, acrescentou o professor da Universidade do Minho, salientando que é dada especial importância às mulheres pós-tratamento, para que não tenham qualquer recaída.
Além de Portugal, participam neste programa a República Checa, a Holanda, a França, a Inglaterra, a Hungria, a Suíça e a Alemanha.
O projecto tem ainda uma outra vertente, que consiste em atribuir bolsas a jovens médicos de todo o mundo, que podem treinar a sua actividade na área dos distúrbios alimentares, desde que mudem de país, de acordo com o objectivo comunitário de fomentar a mobilidade.
«Esta rede é também responsável pelo treino destes jovens. Não só é responsável pelo seu treino nas diferentes universidades de cada país como também pela organização de actividades conjuntas, onde estes cientistas podem trocar experiências», sustentou Paulo Machado.
Os distúrbios alimentares são o tema central de um Congresso Europeu a decorrer no Porto, no edifício da Alfândega, onde este projecto será dado a conhecer sexta-feira à tarde, no último dia deste encontro.
Na opinião de Paulo Machado, é necessário intervir precocemente em todas aquelas pessoas que apresentam sintomas de sofrerem distúrbios alimentares.
«Mesmo que não muito intensas, as intervenções precoces são capazes de produzir mudanças nas pessoas», disse, acrescentando que todas aquelas pessoas que têm uma preocupação excessiva com o seu corpo e que fazem dietas restritivas, por exemplo, devem ser analisadas clinicamente, pois podem sofrer qualquer perturbação.
Diário Digital / Lusa
20-09-2007 15:28:41
Denominado INTACT - Individually Tailored Stepped Care for Women with Eating Disorders, esta iniciativa é financiada pela UE e envolve nove parceiros de oito países europeus, que trabalham em rede.
Em Portugal, o INTACT, que arrancou em Abril deste ano e deverá terminar em 2011, está a ser desenvolvido pela Universidade do Minho, a quem cabe «avaliar factores de risco» inerentes às doenças relacionadas com distúrbios alimentares, designadamente a anorexia e a bulimia nervosas, afirmou hoje Paulo Machado, coordenador do Centro de Investigação em Psicologia daquela universidade.
Este projecto visa «investigar e desenvolver estratégias inovadoras para optimizar a prevenção e o tratamento dos distúrbios alimentares», afirmou à Lusa a especialista alemã Stephanie Bauer, coordenadora deste programa.
Segundo referiu, um dos objectivos deste projecto é desenvolver novas estratégias de tratamento para estas doenças.
«Cada país desenvolverá o seu projecto de acordo com as suas características e os seus pacientes, mas o objectivo é o mesmo, que é melhorar a qualidade dos tratamentos e reduzir o número de casos de doentes com anorexia e/ou bulimia», disse a especialista.
Para Paulo Machado, trata-se de um projecto «ambicioso», uma vez que se procurará, no final, concluir, através da elaboração de estudos, «o que leva as pessoas a desenvolver distúrbios alimentares, que tipo de tratamento necessitam e como conseguem manter-se saudáveis».
«Getting ill, getting well and staying well (ficar doente, ficar bem e manter-se bem)» é o lema deste projecto, acrescentou o professor da Universidade do Minho, salientando que é dada especial importância às mulheres pós-tratamento, para que não tenham qualquer recaída.
Além de Portugal, participam neste programa a República Checa, a Holanda, a França, a Inglaterra, a Hungria, a Suíça e a Alemanha.
O projecto tem ainda uma outra vertente, que consiste em atribuir bolsas a jovens médicos de todo o mundo, que podem treinar a sua actividade na área dos distúrbios alimentares, desde que mudem de país, de acordo com o objectivo comunitário de fomentar a mobilidade.
«Esta rede é também responsável pelo treino destes jovens. Não só é responsável pelo seu treino nas diferentes universidades de cada país como também pela organização de actividades conjuntas, onde estes cientistas podem trocar experiências», sustentou Paulo Machado.
Os distúrbios alimentares são o tema central de um Congresso Europeu a decorrer no Porto, no edifício da Alfândega, onde este projecto será dado a conhecer sexta-feira à tarde, no último dia deste encontro.
Na opinião de Paulo Machado, é necessário intervir precocemente em todas aquelas pessoas que apresentam sintomas de sofrerem distúrbios alimentares.
«Mesmo que não muito intensas, as intervenções precoces são capazes de produzir mudanças nas pessoas», disse, acrescentando que todas aquelas pessoas que têm uma preocupação excessiva com o seu corpo e que fazem dietas restritivas, por exemplo, devem ser analisadas clinicamente, pois podem sofrer qualquer perturbação.
Diário Digital / Lusa
20-09-2007 15:28:41
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