quinta-feira, abril 26, 2007

Distúrbios alimentares Mais de 3% por cento das jovens portuguesas afectadas

Um estudo da Universidade do Minho concluiu que mais de 3% das jovens portuguesas entre os 12 e os 23 anos sofre de distúrbios alimentares. A anorexia e a bulimia não são, nestes casos, as doenças mais comuns.

De acordo com o estudo feito por investigadores da Universidade do Minho, 25 mil raparigas portuguesas têm problemas com a comida. Estes problemas podem, muitas vezes, estar a ser mal diagnosticados. Apesar de a anorexia e a bulimia serem os casos mais conhecidos dos distúrbios alimentares, a investigação apurou que não são os mais frequentes. Estas são conclusões extraídas da investigação feita com uma amostra de 2082 raparigas, jovens dos 12 aos 23 anos, alunas do 9 ao 12º ano, de 11 escolas públicas do país. Mais de 3% dos inquiridos apresentava distúrbios alimentares. Dos tipos de distúrbios analisados, a anorexia nervosa estava identificada em quase 0.4%, a bulimia nervosa em 0.3% mas o valor mais alto refere-se a distúrbios não especificados: 2.37%. Estas situações referem-se a sintomas das duas doenças ou que por outro lado preenchem apenas alguns dos critérios de uma dessas doenças. O problema está quando existem diferentes distúrbios e em que o diagnóstico realizado não é o mais correcto. Nesta categoria enquadram-se distúrbios tão diferentes como privação de comida, episódios de apetite voraz, toma de laxantes e preocupações excessivas com a comida, a forma física e o peso. Os distúrbios alimentares, se não tiverem acompanhamento profissional adequado, podem levar à morte. Basta relembrar os recentes casos de anorexia e bulimia ocorridos no Brasil, em que duas modelos morreram. Os efeitos da anorexia levaram mesmo a Espanha a proibir a participação nos desfiles de moda de modelos com baixo peso, uma decisão que levantou polémica, reacendeu a discussão e alertou para os perigos da má nutrição.

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